PÓSTUMAS
MEMÓRIAS POSTUMAS DE UM CORPO QUE NÃO VEIO A SER
Criamos realidades para que possamos nos compreender, e como consequência dessas criações é possível cair em um aprisionamento de sua compreensão, num labirinto de ideias. Erramos ao tentar entender o universo antes de pensar em quem somos e em quem estamos nos tornando.
Personagens que estão fadados à perda. Um
destino de “final feliz”, que sempre acabará
nos braços da morte.
Quanto mais se erguer para a luz e para o bem, mais vigorosamente enterra as suas raízes para baixo, para o tenebroso e profundo, para o mal. (Friedrich Nietzsche, "Assim Falou Zaratustra").
O que mais me cansa hoje está envolvido com a mente, a sociedade me cansa, as necessidades que ela impõe me cansam. O conhecimento apesar de libertador é exaustivo. E lidar com todo esse cansaço me faz ter vontade de deletar tudo e deixar no esquecimento. essa performance é uma catarse para um alívio da memória, objetos de linguagem são uma extensão dessa memória, são pontos para retomadas de momentos. Reuni todos objetos que me cansavam, processos de pinturas e desenho, pesquisas de estudo e ateei fogo observei todo o processo até tornarem cinzas, após esse processo, em uma garrafa guardei essas cinzas e a emoldurei, sintetizando toda essa extensão de minha memória, em apenas minhas memórias já experienciadas.